sábado, 27 de dezembro de 2008

Que uma Sniper

Quando criança sempre apreciei sentar e ouvir as histórias e estórias contadas pelos mais velhos, esses contos faziam com que nós crianças, cultivássemos valores que seriam importantes para toda vida. Naquela época, os nossos medos eram, Saci Pêrere, Mula sem cabeça, a loira do banheiro da escola e a dona Rosinha, espirito da falecida dona da creche em frente a minha casa que poderia nos assustar caso resolvessemos pular na creche para pegar a bola.
Estes valores vem se perdendo com o passar dos tempos, ou no mais até se modificando. Era uma sexta-feira de Dezembro, a noite me lembrava a infância, a rua cheia de crianças, as lampadas da rua cheias de Tanajura (mosquito), e futebol rolando em frente a minha casa, resolvi sair e jogar, montamos um time do pessoal acima de 20 contra a molecada.
O classico começou acirrado, mas logo estavamos sem gás, sentindo a idade bater aos pulmoes, quando a bola foi chutada dentro da creche, ninguem quis pular, ô molecada mole. Então resolvemos sentar, O magrelo, começou a falar sobre a parte da desativa Aliperte (hoje aço Minas). Lugar onde sempre constumavamos pular para quebrar geral, ou atirar ovos nos carros que passavam pela avenida;
Disse o magrelo:
- Mano sabe aquela fabrica velha, meu pai me falou que se agente pular lá vamo levar tiro!
-Que tiro.
-É ele falou que lá dentro de noite fica um cara com uma Sniper, pronto pra acertar ou na cabeça ou nas costas pra depois te finalizar.
-Que uma Sniper, tá maluco moleque.
-Não, é sério, meu pai falou. Eu nem vou passar perto de lá mais
-Putis vou pra dentro, caraca este mundo tá ficando perdido.

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